- 歌曲
- 时长
简介
As canções de Conexión (2015), por Pedro Longes. 1 - Conexión Originalmente chamada “Ya el amor me ha atacado”, este tema foi composto em meados de 2013 e finalizado em 2015. Quando estava ouvindo no estúdio a canção praticamente finalizada, o celular do Suminsky (técnico e co-produtor do disco) tocou exatamente em cima do último acorde, com um timbre muito parecido com as conexões de internet discada. Foi aí que tive o insight de buscar esses ruídos para o final da canção e unir ao conceito do álbum: uma conexão de sonoridades. 2 - Do Outro Lado Esta canção foi composta em janeiro de 2014, na volta de uma viagem que fiz à Florianópolis. Desde então, até a finalização do disco, escrevi diversas versões de letra. Sou contrário aos que pensam que letras e músicas nascem prontas. Algumas sim, outras nem tanto. Foi quando me deparei com as ideias de Eckhart Tolle durante o processo de gravação do álbum que desenvolvi melhor o tema que já estava presente em algumas frases desde o início: a valorização do agora. 3 - Aurora Como disse antes, existem canções que nascem prontas. Aurora é uma delas. Aurora me serviu como uma espécie de cura, um novo nascer de sol, quando despejei todas as dores guardadas em forma de letra e música e resolvi seguir adiante. É um cantar de esperança, uma tentativa de olhar para esse sol e encará-lo. Um sol que já olhei no passado, que ainda brilha e queima, arde... e não vai se apagar. Durante as gravações, me deparei com “Ode ao Tempo”, de Pablo Neruda, e senti que se encaixava perfeitamente no que sentia. Pedi então ao meu amigo Francisco Guzmán para que declamasse o poema em cima do instrumental. 4 - Destino Sou encantado pelas diversas sonoridades que existem pelo Brasil e as raízes evidentes de cada região. Em Destino, busquei uma conexão com a terra, nossa origem, nossa essência, de forma peculiar. Mesmo que eu nunca tenha visitado, me imaginei em Minas Gerais, viajando nas lembranças das canções de Milton Nascimento, Lô Borges e todo o Clube da Esquina. Mergulhei nas crenças populares do amor e sina, na vida simples e com um ritmo diferente. 5 - Meu pequeno brinquedo Composta em meados de 2008, foi a primeira canção que escrevi voltada para a sonoridade MPB (veja que as iniciais do título da canção não são mera coincidência). Durante um longo período guardada na gaveta, algumas ideias de arranjo já estavam desenhadas. O acordeón interpretado por Joaquim Velho, por exemplo, já estava praticamente pronto. Chegamos a testar uma percussão de bolero no estúdio, mas acabei optando por um ritmo mais linear, tocado em uma bateria timbrada com um ar jazzístico, por Dudu Barboza. 6 - Sexo Desde que compus esta canção, em 2013, sempre tive “Construção”, do Chico Buarque, como referência de arranjo em mente. Chegando ao estúdio, mostrei ao Suminsky também a versão primorosa do Fito Paez, com todo o peso argentino em Construcción. Munidos destas referências, começamos a desenvolver o arranjo. Haviam muitas ideias (inclusive uma bateria extremamente comprimida que foi excluída na versão final), mas a que mais me encanta veio do percussionista Ariel Lopez, que brilhantemente desacelerou o ritmo do funk carioca e o inseriu na canção. 7 - My blackbird My Blackbird foi composta durante o período que vivi em Dublin, na Irlanda. Sentado em um banco do Phoenix Park, observando silenciosamente aquela paisagem bucólica ao entardecer, imaginei crianças brincando, inocentemente, em tempos remotos. Como o conceito do álbum é a conexão entre essas tantas sonoridades que aprecio, resolvemos dar um toque brasileiro com a percussão de Ariel Lopez, além de utilizar o contrabaixo acústico de Caio Maurente e o violão argentino de Daniel Mueller para esta canção. 8 - Hermosa (con Ana Clara Moltoni) Hermosa tem tantas histórias que seria impossível colocá-las aqui. Nasceu em um tom, terminou em outro. Era 6/8, virou milonga, com um violão meio bossa. Mas o que quero contar aqui é sobre o dueto vocal! Conheci o trabalho da Ana Clara Moltoni através da internet. Dona de uma voz admirável e um disco impecável com versões de clássicos da MPB, Ana aceitou gentilmente o convite de cantar comigo, sem me conhecer pessoalmente. Eu de Porto Alegre, ela direto de Buenos Aires, cantando as belezas da América. 9 - Lares Quebrados Sempre gostei da ideia de misturar ritmos, cores, timbres e referências. Comecei a compor Lares Quebrados (uma canção que fala sobre a angústia do passar do tempo) com base na zamba argentina. Depois veio a divisão de um pandeiro abrasileirado por cima da zamba... Pra fechar a mistura, contei com as ideias de violão nylon do Raphael Madruga e da voz da Alessandra Werlang Cunha (que faz todos os backings do álbum), mas que por sorte, nesta canção, insistiu em incluir uma melodia mais aguda nos coros. 10 - Buquê Esta é a canção mais antiga gravada neste álbum. Ela chegou a ser tocada ao vivo pela primeira banda que participei, chamada Necessidade Humana. Na época, o arranjo soava bem rockeiro. Depois do fim da banda, cheguei a fazer uma demo ainda mais pesada, mas ainda não estava contente. Pensei que a letra era demasiadamente forte e irônica e decidi aliviar o arranjo: mesclar a melancolia do piano com uma levada de samba. Para concluir, decidi incluir a passagem “e o mundo é um divã à minha imagem”, criada a partir das minhas experiências frustradas na psicanálise. 11 - Desculpe II Na minha cabeça, existem canções que foram criadas somente para servir aos seus finais. Quando criei o tema final de Desculpe II, sentia que precisava simplificar ao máximo todo o início da canção e que ele apenas se encarregasse despretensiosamente de conduzir o ouvinte até o fim. A título de curiosidade, nessa época, estava escutando bastante o disco Lóki, do Arnaldo Baptista (daí o nome da canção e a passagem “desculpe / se eu fiz você chorar / essa frase não é minha / as coisas só mudaram de lugar)... Uma singela homenagem a este gênio! 12 - Cantiga da Cidade Quando convidei Daniel Mueller para arranjar e interpretar todos os violões nylon do disco, dei a ele a total liberdade para experimentar e sentir. Sou um admirador de sua musicalidade. Outro profissional que não pensei duas vezes em escalar para construir o álbum foi Tiago Suminsky. Em Cantiga da Cidade, suas contribuições são notáveis e sublimes. Violão e Wurlitzer se completam em um arranjo expressivo, para esta canção que criei em 2013, enquanto passava por um longo período de estudos. --- FICHA TÉCNICA Produzido por Henrique Werlang Cunha e Tiago Suminsky Gravado em Estúdio Suminsky e Estúdio Soma - 2015 - Porto Alegre - RS - Brasil Todas as letras e músicas por Pedro Longes Pianos, violões aço e vozes por Pedro Longes Violões nylon por Daniel Mueller Contrabaixo acústico e fretless por Caio Maurente Percussões por Ariel Lopez Baterias por Dudu Barboza Acordeon por Joaquim Velho Backing vocals por Alessandra Werlang Cunha Participação especial de Ana Clara Moltoni (ARG) em “Hermosa” Declamação de Ode ao tempo, de Pablo Neruda, por Francisco Guzmán (MEX) em “Aurora” Violão nylon (faixa 6), contrabaixo (faixas 5, 9, 10) e Wurlitzer (faixa 5, 12) por Tiago Suminky Violão nylon (faixa 9) por Raphael Madruga Técnicos de som: Tiago Suminsky e Cassiano Kopplin Dal’Ago (pianos) Fotografia por Camila Simonetti | Design por Henrique Werlang Cunha Traduções do disco para versão em espanhol por Francisco Javier Guzmán, Mariela Masini y Henrique Werlang Cunha Financiamento: PIC 2014 - Programa de Incentivo à Cultura de Canoas www.pedrolonges.com.br