Aqui, pelo nosso país, é costume juntar o nome dos pais para formar o nome dos filhos, então Joelza é a junção de José com Elza, Marlui é a junção de Maria com Luiz e assim cria-se cada nome bonito... Crianceiro é um nome que também une os pais desta obra: as crianças, nosso cancioneiro e nossa fabulosa nação, cantamos aqui o Brasil Brasileiro. Nós, professores, alunos e funcionários, da Paideia - Escola de Música, nos dedicamos permanentemente e persistentemente ao estudo da música. Reunimos então, várias gerações de cantadores. São centenas de cantores dos coros ligados à Paideia. Nesta casa se faz música desde cedo, muitos chegam ainda quando bebês, e exercitando música vão crescendo em tamanho e conhecimento. Da musicalização ao instrumento e ao canto, fazemos da prática musical nosso meio de educação. E tem muita gente que acredita nesta proposta, são parceiros, escolas e empresas a quem prestamos nossa gratidão. E tem piás, moços e homens e tem meninas, sinhazinhas e sinhás. Tem músico que é filho, que é neto, que é irmão, que é pai, que é mãe, que é vó, que é vô e resolvemos cantar. É nosso ofício. Para que outros filhos da nossa pátria, que venham depois de nós, também continuem cantando nosso cancioneiro. Afinal de contas foi assim que nós nos tornamos brasileiros, alguém nos ensinou, agora é nossa vez. Valiosos pais e educadores: meninos devem fazer arte!!! - Cristiane Alexandre Esse é um CD para ouvir juntos e celebrar a vida que se tem em comum, para se juntar numa roda de brincadeira entre gerações, pais e filhos que passam e repassam as canções. É assim, numa brincadeira de roda, que relembramos que cantando se brinca, e brincando se formam os laços que vinculam, que tecem e nos rememoram quem somos, e assim imaginar o que podemos ser. Brincar, coisa de criança, vem do latim vinculum, que na roda das cirandas da língua virou vrinco e, passando por Portugal, ganhou o sentido que aqui se celebra. Nosso desejo é que vocês se juntem como família, e que brincando se juntem na roda e reaprendam a cirandar. No final com os vínculos criados, que esses se transformem no tecido forte, que ajuda a recriar o ambiente acolhedor onde os pequenos de hoje possam seguir mantendo vivas as tradições que nos ajudam a imaginar um futuro diferente daquele que se projeta quando se segue só, sem música e sem brincadeira. Ouça, brinque, vincule e resgate, e se prepare para deitar na acolhedora rede dos laços que se formam entre as várias gerações que cantam e encantam neste trabalho. - Claudio Oliver