Cantora, compositora e ajuntadora de poesias. Pianista e violonista, cuja sede de se aventurar em outros instrumentos nunca cessa: timbres diferenciados como o do ukulele e da escaleta estão sempre presentes em seus arranjos. Cresceu regada à MPB e começou a desenvolver sua originalidade a partir de influências como Elis Regina, Maria Rita, Djavan, Tom Jobim, Chico Buarque, entre outros. Aos poucos, acrescentou às suas composições referências do cenário Pop Folk atual. A receita do seu primeiro EP, intitulado "A Natureza te Grita" (lançado em novembro de 2014), é uma soma de elementos imprevisíveis, extraídos de uma bagagem de vida acurada pelo som vanguarda da MPB, e mesclados a ingredientes contemporâneos. Nichos culturais distintos coexistindo na mesma atmosfera, um passeio por batidas distintas numa experiência simultânea. O resultado dessa fusão é uma sonoridade totalmente desprendida dos estereótipos industriais. A ausência de vínculo a rótulos de gênero musical e a carga dramático-teatral do seu trabalho, presente tanto nas letras quanto no próprio instrumental, tem cativado públicos distintos. As canções mais marcantes do primeiro álbum conquistaram espaço pelas rádios no Estado do Rio. Uma delas é trilha sonora principal do curta metragem "A Menor Máscara" (com roteiro do diretor Alberto Vizoso), que relata as dificuldades da vida circense – mesma composição que garantiu o passaporte como finalista do DMX Brasil 2015, festival pioneiro no Brasil e no mundo, voltado para a música digital. O evento, elaborado pela MZA Music, gravadora oficial do Rock in Rio (fundada por Marco Aurélio Mazzola, responsável pela produção de uma longa lista de nomes consagrados, como Elis Regina, Milton Nascimento, Caetano Veloso, entre outros), visa premiar os artistas destaque na esfera digital brasileira. A música “Nariz do Palhaço” levou Mariana ao Top 3 da categoria New Talent, concorrendo entre mais de 900 artistas nacionais. No segundo EP, "Pé de Limão", sua sensibilidade poética é aflorada por ecos de memórias afetivas, convertidos em uma reinvenção da sua identidade musical. É considerado uma espécie de "lado B", pela expressão fonética mais experimental e ao seu teor reflexivo – uma ótica perspicaz sobre o impacto de antigos legados na esfera pós moderna, encontros de gerações e dualidade entre o resgate de valores abandonados e a quebra de paradigmas primitivos. A artista não se limita a um ritmo. Pelo contrário: se apropria da gama de sentimentos que essa mistura é capaz de provocar, sempre pondo em pauta reflexões sobre a vida e seus significados. Acima de tudo, personifica a missão de espalhar aos quatro cantos uma fatia bem robusta de leveza com qualquer um que quiser.