"Poesia que aproxima os universos de Nelson Cavaquinho e Emily Dickinson, MEB faz sambas sobre versos de poetas como Rilke e Pessoa." - Leonardo Lichote, O Globo - Segundo Caderno ............................................................................... Work completely dedicated to poetry, MEB turns into music Pessoa, Rilke, Leminski, Dickinson and Ramón Jiménez, among others and create a unique place through samba’s delicacy. ................................................................................. Um samba anuncia: morreu a batucada... No silêncio que fica, o que se ouve? O que resta de todo burburinho? Recolhe em nossa raiz os elementos musicais que, reunidos à poesia empenhada em uma grande escuta, permite renovar nossa atenção. Atualiza a distância procurando falar, antes que aos ouvidos, ao peito. Música popular? Contemporânea? Urbana? Fácil ou difícil? Apenas música. Aqui Emily Dickinson canta samba. .................................................................................... É samba o que ecoa em cada uma dessas canções. E não é de hoje, não é de ontem, não é de amanhã, mas sim o que significa sermos brasileiros. É por isso a brincadeira do nome Música Extemporânea Brasileira. (Zé Luiz Rinaldi, sobre o MEB, em entrevista ao programa Re[corte] Cultural, TVE, Brasil) .................................................................................. Uma escuta diferenciada. O samba, espírito e graça do Brasil, encontra-se com a alta produção poética. Encontro que mostra o sem sentido que é a insistente divisão entre popular e erudito, entre alta cultura e simplicidade, entre emoção e elaboração e de tantas oposições que não se sustentam e em nada contribuem para o desenvolvimento da cultura, da arte e do pensamento. A audição do MEB emociona. Talvez por isso, frente a um repertório inédito todo ele, ouçamos: “Sinto como se já conhecesse as músicas há muito tempo…” O samba e a poesia atingem uma memória profunda. O “difícil” da grande poesia mostra-se simples e verdadeiro na levada do samba. O samba mostra-se em toda sua força e grandeza, o pulso de uma gente, o ritmo vital, na abertura da palavra dos grandes. ................................................................................ A MÚSICA DOS POETAS Em BOCA do MUNDO o MEB criou melodias para poemas de autores como Fernando Pessoa, Paulo Leminski, Emily Dickinson e Rainer Masria Rilke. Combinados, o samba do violonista Zé Luiz Rinaldi e os versos de poesia como “Hoje de manhã” dão liga. A mistura tem resultado interessante. O belíssimo “Relicário”, “parceria” de Leminski com Rinaldi, é o destaque do álbum, que tem também “Acaso”, do mesmo autor. O MEB nasceu em 2007 e também é formado por Ticiana Passos, Eduardo Lyra, Flavio Luiz e Bruno LT. - Mateus Campos - O Globo, Rio Show